Escrito em 05 de março de 2021.
Uma vez, há algum tempo (antes da pandemia), em uma conversa com minha cunhada, perguntei como ela estava e ela falou que estava “sobrevivendo”. Começamos uma reflexão sobre “sobreviver” ou “viver feliz”. Fiquei filosofando sobre como eu queria viver bem, cheia de memórias preciosas, de momentos especiais, com histórias inesquecíveis e blá blá blá. Aquelas conversas em que a gente busca ver o lado bom das coisas, cheia de positividade, sabe? Quando podemos “fantasiar” que é possível ter tudo aquilo todos os dias?
Eu não queria ter uma “sobrevida”, mas uma vida “sobrenatural”, isto é, que escapa às leis naturais (aquela lei que diz que tudo que vive, morre um dia. O ciclo natural da vida). Pois bem. Mas hoje a conversa é outra.
Hoje, eu quero SOBREVIVER mesmo!
S-O-B-R-E-V-I-V-E-R.
Do conceito: “escapar à morte”.
E só!
Hoje, eu quero viver como é possível agora. Quero que sobrevivamos a esse estado de guerra na qual estamos. Aí depois a gente vê.
Depois a gente vê o que faz com os caquinhos. Vê como a gente se “remonta”.
Depois a gente ressignifica o que ficou e qual vai ser nossa nova identidade pós-COVID19.
Depois a gente para para sentir. Para perceber onde está doendo e o que fazer para curar as feridas que ficaram.
Tudo isso a gente vai ter que fazer, mas, hoje, não!
Hoje A GENTE VAI SOBREVIVER.
Então, o que você puder fazer para sobreviver, faça! E ajude quem você puder com pequenas atitudes. Lembre-se: não precisa ser algo extraordinário. Um sorriso, uma mensagem, uma ligação, já muda a vida das pessoas.
Se você puder fazer exercício, faça. Se não der, se alonga. Se não der, respira. Isso já é muito! E, atualmente, RESPIRAR é extraordinário!
Durma, coma, beba água, levante-se para mais um dia.
E isso já é suficiente.
Depois a gente vê.
Com carinho,
Carol