Reféns ou cúmplices?

(escrito dia 07/05/2022)

Nenhuma relação deve nos fazer sentir reféns. Uma relação baseada na dependência faz com que nos sintamos culpados de forma frequente. É assim na relação amorosa erótica, é assim na relação com nossos pais.

É claro que, na infância, a dependência existe. Trata-se de uma dependência biológica, mas, com o tempo, isso deve mudar. Nos tornamos autônomos. Ou deveríamos nos tornar.

O controle dos nossos pais, nas nossas vidas, vai diminuindo, até que a nossa relação se torna algo mais parecido com cumplicidade do que com dependência. Acessamos nossos pais para “consultoria”. Isso em relações saudáveis, funcionais. Seria algo do tipo “você acha que eu deveria?”. Mas o última palavra é sua. Até mesmo porque será você quem terá que lidar com as consequências de suas escolhas.

Essa reflexão é muito necessária para o dia das mães. Mães (e pais), busquem criar seus filhos para que eles sejam autônomos e não dependentes. Isso significa dizer que a educação precisa ser baseada na autonomia e na tolerância e não na troca, na dependência.

Quando você cria com autonomia, não existem reféns na relação, temos sujeitos que amam e que buscam por uma cumplicidade com seus pais.

Não é fácil criar com independência numa sociedade que nos diz, o tempo inteiro, que amar é controlar, é ter poder sobre o outro. Porém, te convido a pensar sobre o assunto e desconstruir alguns conceitos.

Feliz dia das mães! 🧡🔆

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